Dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia apontam que de 10% a 15% das crianças em idade escolar precisam de óculos para corrigir algum problema na visão. Por isso, é importante que pais e professores observem alguns comportamentos que podem apontar para a existência dessa dificuldade em enxergar.

Algumas vezes pode-se pensar que a criança tem dificuldade de atenção ou de dedicação aos estudos. No entanto, esse desinteresse pode ser apenas a falta de uma lente corretiva que a faça enxergar melhor a lousa ou ler com mais facilidade os livros.

O oftalmologista Daniel Montenegro, médico cooperado da Unimed João Pessoa, destaca a importância dos pais e professores observarem o comportamento da criança em sala de aula, ao ler ou quando estiverem assistindo televisão. “Chegar muito perto dos livros, do aparelho de TV ou apertar os olhos para ver o que está escrito na lousa, podem ser indícios da necessidade do uso de óculos”, diz o médico.

De olho

Ao perceber qualquer situação que indique alterações na visão um especialista deve ser consultado. Não reparar o problema pode acarretar no seu agravamento e em posterior dificuldade para fazer a correção. Além do mais, se a necessidade de uso dos óculos não for identificada rapidamente, pode influenciar diretamente na aprendizagem da criança.

O cuidado com os olhos da criança deve ser iniciado logo após o nascimento. “Entre um mês e um mês e meio, a criança faz o Teste do Olhinho. Se tudo estiver correto, deverá voltar ao oftalmologista só em idade escolar”, explica o oftalmologista.

Sinais
Quais os indícios de que a criança está com problemas na visão? O oftalmologista Daniel Montenegro listou alguns comportamentos que podem indicar a necessidade do uso de óculos de grau.
 

    - Chegar muito perto dos objetos para enxergar detalhes
    - Ler sempre com livros e cadernos muito próximos ao rosto
    - Apertar os olhos para ver a lousa
    - Sentar muito próximo à TV pata assistir
    - Vermelhidão recorrente nos olhos
    - Olhos lacrimejando
    - Aversão à luz maior que o normal
    - Reclamação de dores de cabeça

31/01/2018